Eduardo

Lilypie Fifth Birthday tickers

Rodrigo

Lilypie Second Birthday tickers

13 de jul. de 2009

Para Eduardo (um pouquinho das minhas lembranças)

Dudu, hoje fui resolver umas coisas na rua e parei na frente da casa da minha avó Angela e do meu avô Leonardo. Eles já não estão mais conosco mas como fazem falta!!!
A casa foi vendida logo após a morte da vovó.
Ela está toda reformada, com a fachada vermelha. agora virou um ponto comercial.
Lembro que na frente tinha um jardim com duas árvores enormes. Numa delas o vovô colocava luzes coloridas todo o Natal e na outra, que em determinada época do ano florecia, tinha umas lagartas que queimavam e eram perigosas. Na verdade era bem divertido por que o vovô Léo as pegava e jogava no meio da avenida para que víssemos os carros passarem por cima delas!
O endereço deles foi o primeiro que decorei: Av do Contorno 8863. O telefone também. Era muito fácil: 335-5009 - na verdade decoramos assim: 33-55-00-9!
Me deu tanta saudade ver a casa, mesmo não sendo mais a mesma.
Os dois sempre nos esperavam no portão e se despediam de nós no mesmo lugar, e sempre de mãos dadas. Ela gordinha, cheirosa e ele com os cabelos branquinhos e de olhos azuis da cor do céu.
A família toda almoçava lá praticamente todos os domingos.
Na sala tinha uma porta grande de vidro que abria para a varanda. Nos Natais, vovó e minhas tias (suas tias avós) costumavam pintá-la com motivos natalinos. Sinos, árvores de natal, papai noel, boneco de neve. Ficava lindo!
Quando eu era pequena o vovô ainda não tinha feito o muro e o portão que abrigavam a casa da rua. Tinha um murinho baixo, cheio de flores azuis. As minhas tias faziam coroas com elas para mim.
A gente corria pela casa toda. Íamos no galinheiro correr atrás dos coelhos. É isso mesmo, na casa da vovó tinha um galinheiro e nele tinha coelho!!! Incrível, né? Foi nele que a tia Carol (minha irmã) caiu e cortou o joelho. Teve que ir ao hospital dar pontos. Esta foi a sensação do Domingo.
Antes da reforma, tinha um quartão, que era onde minhas quatro tias dormiam. Foi nele que aprendi a andar de patins.
Hoje, meu filho, a casa não tem mais muro, não tem mais jardim. Está com a fachada vermelha, sem a porta de vidro e sem a varanda. Na minha memória e no meu coração a casa nunca irá mudar. Sempre irei escutar as vozes da casa e sentir seu cheiro. Sempre que fechar meus olhos irei me deitar no sofá da sala de visita e sentir a vovó Angela fazendo carinho no meu braço, ouvir sua risada e ver seu rosto ficar vermelho de vergonha. A casa da Av. do Contorno 8863 sempre será aquela da minha infância e adolescência. Nunca vai mudar.

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